Apenas minhas letras insanas...
terça-feira, 5 de junho de 2012
O menino, de nada sabia
O menino, de nada sabia.
Da carne flácida, do ardor no estômago
Do amargor, travo na língua
Da imagem sem cor, desfocada
Cinza
Da certeza da dor, da memória perdida
Da pútrida inércia, da nauseante apatia
Da melodia mesquinha, da avareza da vida
O menino! O menino, de nada sabia.
Nem da sordidez, nem da vilania
O menino não sabia da grande ironia.
Imagem: "Meninos Brincando" (1955)
Cândido Portinari.
***
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Um poema sentido, forte e verdadeiro.Beijos.
ResponderExcluirObrigada, Arnoldo! Beijo!!
ExcluirBELO O POEMA E MUITO BOM GOSTO E SENSIBLIDADE NA ESCOLHA DAS IMAGENS QUE ILUSTRAM AS POSTAGENS...GOSTEI...REPAREI NISSO TAMBÉM NOS OUTROS TEUS BLOGUES...BEIJOS...http://vinoartes.blogspot.pt/
ResponderExcluirObrigada, Vino! Muito feliz com sua presença e apreciação. Beijos!
ExcluirBateu saudade dos tempos de menino, em que a inocência era o melhor escudo, antes de ser posta de lado pelo conhecimento.
ResponderExcluirDe bom grado devolveria este por aquele!
muito bom.
Esse tema, admito, é até recorrente em meus escritos. A vida é bela, mas, às vezes, é de uma ironia tão cruel! Obrigada por seus comentários, Thuan. Seja muito bem-vindo!
ResponderExcluirOi, Kássia! Do twitter ao seu blog foi um clik [sorrio]. Adoro Portinari. E as coisas da vida o tempo se encarrega de ensinar ao menino, eu sei. Tenho até uma postagem antiga em meu blog falando sobre ele e a casa dele; a qual tive oportunidade de conhecer um dia. Com tempo, venha ler e comentar O CÔNCAVO DA AXILIA DIREIRA DE ROSALMA http://jefhcardoso.blogspot.com/
ResponderExcluirOlá, Jeferson! Obrigada pela visita. Já sigo o seu blog há algum tempo. Vou ler o seu texto, sim. Beijo!!
ExcluirComentei este teu poema no LUSO. Segue aqui o link:
ResponderExcluirhttp://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=226857
Margô
Acabei de ler. Obrigada! Gostei muito da sua leitura.
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