Apenas minhas letras insanas...

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Adagio & Allegro





Você é Sol
Eu sou Lua

Eu penso
Você pulsa

Você é explosão
Eu, introspecção

Eu sou calmaria
Você, pirotecnia

Você é vermelho
Eu sou cinza

Eu absorvo
Você irradia

Opostos congruentes
Contrariamos a geometria!





 ***

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Punks, poetas e putas..




Decidi seguir os punks, os poetas e as putas. Os rudes, os rotos e os rasgados.
Decidi seguir os lúdicos, os loucos e os libertinos. Os arcanjos, os amantes e os alucinados.
Decidi seguir os magos, os meigos e os malditos. Os toscos, os tristes e os tarados.
Decidi seguir os bárbaros, os biltres e os banidos. Os velhos, os vultos e os viciados.
Por onde e para onde eles me levarão, eu não sei.
Nem me importa.












***

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

stalker

Minha lente só vê a cor dos seus olhos. Tatuei seu nome no pulso.
Só bebo da sua fonte. E sofro de abstinências quando não o vejo.
Vivo queimando pelos cantos. Não escrevo mais nada que preste. Não cuido de nada. E me falta paciência pra tudo o mais que não seja você. Tudo me angustia. Ou me enche de tédio.
E me flagro lhe perseguindo, à espreita. Feito uma daquelas personagens perturbadas de filmes de suspense.
E não sei lidar com a distância que, indiferente e soberba, me afasta de você.
Você me faz mal. E me faz tão bem...
Suas virtudes me encantam, seus vícios me fascinam.
E seu corpo me tortura, cada centímetro.
Tem dias em que não procuro a sua fotografia, não procuro notícias suas, não ouço a sua canção. Mas no decorrer de algumas horas lá estou eu, ávida por você. Por sua voz, seu olhar, sua força e suas fraquezas.
E, então, passo horas me alimentando de você. Cada gesto, cada palavra.  E volto o filme infinitas vezes.
Às vezes amaldiçoo o dia em que soube da sua existência.  Porque viver assim é extenuante. Desejar assim, quase um pecado.
Mas que vida valeria a pena sem saber de você? 

***














sábado, 2 de julho de 2016




Poderia pedir às nuvens que pegam carona no vento, que me levassem até  você.
Ou que levassem, ao menos, a minha palavra. Para que você soubesse o quanto eu lhe entendo.
Poderia pedir a elas, as nuvens, que levassem até você a minha ternura.
Mas elas não me ouviriam.
São egoístas, as nuvens.
Elas não se importam com a minha solidão. Ou com a sua.




***


sábado, 18 de junho de 2016







Dois pontos de luz, seus olhos.
Intrigantes, evasivos.
Vão e voltam, lascivos.
Enquanto você dança, mansa...






***

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016







Curioso sentir-se assim, viva. Apesar da dor. Porque descobrira, então, que a dor era melhor do que nada.  E o ressentimento virou quase gratidão. 






***